Vida

Vida
Minha vida!

Saturday, December 25, 2010

Meditação - Maysa



Meditação
Maysa

Quem acreditou
No amor, no sorriso, na flor
Então sonhou, sonhou
E perdeu a paz
O amor, o sorriso e a flor
Se transformam depressa demais
Quem, no coração
Abrigou a tristeza de ver
Tudo isso se perder
E, na solidão
Procurou um caminho e seguiu
Já descrente de um dia feliz

Quem chorou, chorou
E tanto que seu pranto já secou
Quem depois voltou
Ao amor, ao sorriso e à flor
Então tudo encontrou
Pois, a própria dor
Revelou o caminho do amor
E a tristeza acabou

Amo muito Maysa Matarazzo




Ne Me Quitte Pas
Maysa
Composição: Jacques Brel

Ne me quitte pas
Il faut oublier
Tout peut s'oublier
Qui s'enfuit déjà
Oublier le temps
Des malentendus
Et le temps perdu
A savoir comment
Oublier ces heures
Qui tuaient parfois
A coups de pourquoi
Le coeur du bonheure

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Moi je t'offrirai
Des perles et des pluie
Venues de pays
Où il ne pleut pas
Je creuserai la terre
Jusqu'après ma mort
Pour couvrir ton corps
D'or et de lumière
Je ferai un domaine
Où l'amour sera roi
Où l'amour sera loi
Où tu seras reine

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je t'inventerai
Des mots insensés
Que tu comprendras
Je te parlerai
De ces amants-là
Qui ont vu deux fois
Leurs coeurs s'embraser
Je te racontrai
L'histoire de ce roi
Mort de n'avoir pas
Pu te rencontrer

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

On a vu souvent
Rejaillir le feu
De l'ancien volcan
Qu'on croyait trop vieux
Il est paraît-il
Des terres brûlées
Donnant plus de blé
Qu'un meilleur avril
Et quand vient le soir
Pour qu'un ciel flamboie
Le rouge et le noir
Ne s'épousent-ils pas

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Je ne vais plus pleurer
Je ne vais plus parler
Je me cacherai là
A te regarder
Danser et sourire
Et à t'écouter
Chanter et puis rire
Laisse-moi devenir
L'ombre de ton ombre
L'ombre de ta main
L'ombre de ton chien
Ne me quitte pas

Ne me quitte pas
Ne me quitte pas
Ne me quitte pas

Tuesday, December 14, 2010

Porque Amar Demais é Sofrer Demais? Porque Não É?


Porque Amar Demais é Sofrer Demais? Porque Não É?
Written by Rodrigo Santiago
amore

Este é um dos textos mais densos que escrevi desde o lançamento do blog. Não pretendo, com ele, falar sobre todas as nuances do amor. Apenas quero ressaltar dois pontos recorrentes e essenciais na construção de um relacionamento amoroso. Ele foca apenas um aspecto restrito do amor. Vale pra levantar uma discussão importante, a respeito de casais, principalmente.

Recebi esse post como pedido de uma das leitoras deste blog, e o tema me pegou pelo pé. Eu, particularmente, sofri com esse tipo de padrão. Tão simplesmente por isso resolvi postá-lo. Apesar de denso, não se destina a ser um tratado.

Pois bem. Comecemos.
O Amor e As Bilhões de Pessoas em Dor

Todos os dias, uma verdadeira aldeia global justifica seu sofrimento com a palavrinha ‘amor’. Mães sofrem pelo futuro dos filhos. Amantes sofrem pela pessoa que ama. Cristo sacrificou-se voluntariamente, impondo-se o sofrimento por amor a toda a humanidade, segundo o que foi escrito na Bíblia.

Quando você ama demais, quer que a pessoa viva o melhor que ela pode viver. O melhor que você sabe que ela pode ter para si. Você sente uma dor quase física quando alguém que ama toma uma decisão que não é a melhor de todas. Quando, claramente, é a escolha menos saudável a se tomar.

As pessoas se importam. As pessoas cuidam. As pessoas querem ajudar. As pessoas se preocupam. O amor que você sente por alguém te leva à necessidade de contribuir. Na iminência de uma opção desastrosa, a gente sempre se compadece de quem toma a decisão ruim. A dor parece ser sempre diretamente proporcional à quantidade de amor que você deposita na vida do outro.
O Que Há Nas Entrelinhas do Que o Amor nos Traz?

Existe uma dor “primordial”, que vem da nossa experiência sensorial em um plano marcado pela separação, pela dualidade “eu, não-eu”. Isso não agrada nossos sentidos. A percepção de que existe um mundo muito maior do que nós do lado “de fora” da gente cria uma necessidade intrínseca de desenvolver e expandir nosso ser.

A maneira mais essencial de “expandir” nossa existência e nos tornarmos maiores, mais importantes e menos efêmeros é através do desenvolvimento da nossa ligação com pessoas que nos compreendem neste plano material, de “isolacionismo”. Para contrariar o que os nossos sentidos nos dizem de maneira tão gritante, precisamos de pessoas que compreendam e compartilhem dos nossos pontos de vista, das nossas pequeninas particularidades. Pessoas que digam que até nossas mais delicadas ou superficiais incertezas sejam merecedoras de atenção. A atenção é o meio pelo qual nos percebemos pequenos, e também o único meio de expandir quem somos.

Quando percebemos que estamos sendo acariciados pelos braços do amor, dessa validação do outro, sentimos muito prazer. Um prazer indizível, que só quem sente é capaz de definir, mas nunca em palavras. Um prazer que remete à paz, à felicidade. O prazer divino do amor entre as pessoas, que existe e pode ser sentido em alguns momentos, com muita intensidade. Basta você estar preparado, e todo mundo está, em algum momento. Talvez agora, quem sabe?
Como Obtemos Prazer da Matéria?

A quantidade de prazer nas nossas vidas é aumentada também pela quantidade de controle que temos sobre o contexto material onde vivemos. Se a percepção do universo à nossa volta melhora em qualidade, nós nos tornamos mais felizes, porque percebemos essa melhora como sinal do nosso domínio sobre o universo que tenta nos impor a separação.

Se você melhora suas condições e seus hábitos, isto significa que você é capaz de subjugar a realidade que tenta lhe impor o desprazer da separação, ou o descontrole, o “não-eu”. Através de escolha e interação física, você manifesta sua conexão também com o plano material. Molda-o à semelhança de quem você é por dentro. Esta é a função da estética e da beleza nas coisas da vida: uma maneira de manifestar sua porção divina sob a Criação – venha ela de onde vier.
Como o Amor se Liga à Realidade?

O aumento do nosso prazer é um objetivo definitivo na nossa vida. Queremos sempre ter mais dele – seja desenhando o mundo material à nossa vontade, seja aumentando o grau de conexão entre nós mesmos e o próximo.

Quando você intensifica sua ligação com outra pessoa, é natural que o seu contexto, ou a sua realidade, seja compartilhada com ela. Vocês passam a se encontrar mais vezes, frequentando os mesmos lugares e compartilhando conversas, significados e até hábitos.

O aumento da conexão, naturalmente, causa o compartilhamento de objetivos e ideais. Você quer viver com o outro o melhor contexto possível do seu amor. Quer melhorar junto com o outro. Quer profundamente que o outro melhore também, em todas as suas decisões. Estar com alguém “melhor ainda” é também ser alguém melhor ainda.

Na presença da possibilidade de mais prazer, você se torna mais motivado, ou mais motivada a interagir com o outro, na direção de seu aperfeiçoamento. Com seus sentidos fixados em um cenário melhor do que o atual, você passa a ser uma peça ativa na provocação do desenvolvimento do outro: encorajando, demonstrando, comunicando e até em alguns momentos conduzindo o outro na direção de uma posição superior à atual.

É precisamente nesse momento que a dor pode atuar, ao invés do prazer.
Como Entender a Mecânica da Dor no Amor?

Nós estamos sempre dispostos a manter as relações nas quais nos investimos, em especial aquelas que nos trazem o sentimento de conexão, de importância, do sublime prazer que prove que os nossos sentidos carnais estão errados. De que somos, sim, muito maiores do que percebemos. Não preciso me explicar pra você, isso é simples e profundo. Você já sabe disso.

Pelo mesmo motivo, se entendemos que certas escolhas podem tornar o contexto do relacionamento melhor, isto é sinal de que podemos ter mais prazer. Ora, se já temos prazer em um relacionamento, porque não ter mais um pouquinho? O que custaria você ajudar aquela pessoa que você tanto ama a alcançar um pouquinho mais em sua vida, ou deixar alguma mania prejudicial? Segundo esta hipótese, nos agarramos à possibilidade do ‘se tiver mais prazer ainda, poderá haver mais amor ainda’.
A Fuga Para Um Presente Falso

O movimento inicial da dor acontece quando refletimos sobre a possibilidade de toda essa conexão divina simplesmente deixar de existir. Será que essa pessoa me ama? Será que vai continuar comigo? E se ela já estiver me traindo?

A mera suposição deste cenário é mais do que suficiente para motivar a insegurança aguda, em alguns casos. As pessoas saem do estado real do amor que existe para reagir a fim de evitar o estado irreal do relacionamento, aquele que até então não existiu.

Geralmente, essa motivação vem de algumas verdades distorcidas e generalizações na nossa cabeça. Coisas como “todos os homens traem”, ou “se minha última namorada me traiu, essa aqui também vai trair” ou ainda “ele tem um passado ruim deve continuar igual” e “ela já me traiu, vai trair novamente”.

O que ela causa? Excesso de controle, e te impede completamente de aproveitar o agora, que é o que de fato existe. Essa é uma distorção baseada em memórias passadas, pela falta de perdão ou de confiança que as pessoas possam realmente melhorar. Quem acredita que o ser humano não pode melhorar, e muito rápido, torna-se completamente incapaz de acelerar sua própria evolução. Por isto temos tantas pessoas bloqueadas para mudanças: sua própria crença sobre a natureza humana motiva e sustenta com bases ultra-fortes o seu bloqueio.
O Outro Está Jogando Fora Um Futuro Perfeito

O segundo movimento acontece quando o que você acredita ser a melhor decisão em um curso de ação não é a melhor decisão que a outra pessoa vê, por mais que você esteja obviamente certo. Vamos assumir que você eteja.

Este segundo movimento causa pensamentos reativos, do tipo “meu filho não quer nada com a vida”, ou “minha namorada tem a cabeça vazia”. Isso também dói. Dói muito.

Ter o cenário da sua “perfeição” se afastando da realização causa a sensação de perda do prazer que pode ser proporcionado por aquela perfeição. E perda de prazer também reflete em dor.

O ponto cego, nesse caso, é que você esquece completamente o presente maravilhoso que você já vive com aquela pessoa. Esquece de reconhecer como é bom o presente do lado dela. E como é bom estar ao lado para apoiá-la partindo do princípio que ela tem liberdade em suas escolhas.
Como o Amor Poderia Justificar o Rompimento?

Viver nestes dois cenários dolorosos podem claramente fazer você perder suas estribeiras. Nossa psiquê faz de tudo para nos afastar da dor. Se você toma estes dois movimentos como absolutos e começa a viver em dor, seu corpo se motiva a fazer algo para resolver este incômodo.

Para o primeiro movimento, naturalmente, o controle excessivo causa dor na pessoa que você ama. Ela, em dor, manifesta sua insatisfação com o relacionamento, e você sente mais dor ainda. Com uma pequenina distorção motivando sua primeira atitude de ciúme, você promete que vai melhorar, mas curiosamente nunca consegue, porque vive atormentada pelo fantasma da traição. Do “isso que está acontecendo é bom demais pra ser verdade”.

As insatisfações acumuladas e trocadas, naturalmente causam mais dor ainda. A única reação possível para o retorno ao prazer é o rompimento.

Para o segundo movimento, uma opinião ruim que começa a se cristalizar na sua mente a respeito da pessoa que você ama causa dor. A associação com algo que não é perfeito causa muita dor, que motiva a mudança. Essa dor é motivo o suficiente para você começar a pensar: eu não quero ficar com uma pessoa que toma esse tipo de atitudes, ou que tem esses costumes. Não vai ser bom pra mim.
A Dor é Sempre a Causa do Rompimento, Não o Amor

A insatisfação e o desconforto criados por estes dois cenários, naturalmente, se refletem nas atitudes do dia a dia: menos carinho, menos afeto, menos atenção, portanto, mais desconexão.

Quanto maior a desconexão, maior a dor, e isto motiva o rompimento. Porém, desligamentos doem, muito. Não vou me estender pelos motivos, você já sabe deles. Quando você vislumbra o rompimento, você sente mais dor ainda. O que você já possuía (e que teoricamente já não valia a pena) não pode mais ser.

No entanto, para evitar a dor da separação, pode ser que ninguém dê o primeiro passo. Isso pode motivar o cenário do “casal apático”, onde ninguém se fala, ninguém se acaricia, ninguém coloca um ponto final na relação e as traições são precipitadas, porque alguém começa a buscar pelo prazer fora da relação.

É fato: em meio a uma relação conturbada, nós buscamos prazer fora dela: seja com outra pessoa, seja com uma conexão sensorial extra com o mundo (comida, trabalho, acúmulo ou gasto excessivo de dinheiro, violência, bebida, auto-corrupção, cigarros etc).

Naturalmente, todos esses excessos tem seus efeitos sobre a nossa saúde. Tornamo-nos completamente insustentáveis para nós mesmos.

Se, nessa espiral de crenças e distorções, ninguém fizer uma mudança nos seus pensamentos, nada se mantém, simplesmente porque a dor se torna insuportável.
Quem Disse Que Você Está Certo?

Vivemos em um mundo com incontáveis estrelas, e um universo infinito. Mediante tantas possibilidades, todas elas completamente fora da nossa capacidade de compreensão, de onde é que é que a gente tira tanta certeza para afirmar certas coisas?

Quem nos dá autoridade para dizer que “homens traem”, ou que “meu filho não sabe o que quer”? A única pessoa que teria esta capacidade seria Deus, criatura onisciente e onipotente, como ilustrado pelas religiões.

Mesmo assim, não importa em qual religião você busque. Em todas elas, a manifestação de Deus só nos encoraja a fazer uma única coisa: amar. Amar no presente. Nós não podemos estreitar nossa visão a fim de pintar cenários que são possíveis, mas que não são prováveis. Precisamos nos libertar desses pensamentos corruptos. Precisamos varrer nossa casa. Precisamos nos visitar. Entrar, limpar com cuidado as distorções que construímos, e nos liberar pra viver uma única coisa: o agora.
Afinal, o Amor Faz Sofrer?

O amor não faz sofrer. O medo de perdê-lo é o que faz. Na presença do exercício do amor, o medo não existe. Na presença do exercício do medo, o amor não se realiza.

Sua cabeça é capaz de dirigir a atenção a uma coisa de cada vez. Você quer experienciar o amor que você tem e se tornar cada vez maior, ou você quer experienciar o fantasma do medo, e diminuir a sua pessoa?

Partindo do estado do amor puro e presente, que é o que existe, você vai encontrar todas as razões para construir uma atitude de encorajamento no crescimento do outro. Sem esse estado, certamente o que você vive não é amor, portanto o que você entrega não é o amor. As atitudes fora do amor são todas constritivas, restritivas e destrutivas. Dentro dele, todas elas são construtivas, sustentáveis e agradáveis. Não importa na presença de quem, esta pessoa sempre se sentirá confortável quando você parte de um estado emocional equilibrado, carinhoso, aberto e convidativo.

Espero que esta leitura tenha sido construtiva pra você. Tudo isso é só uma maneira de dizer: trate muito bem quem está do seu lado. Essa pessoa merece.
Receba Todo o Amor...

Saturday, December 11, 2010

Muito feliz, quero ele aqui p mim!


Vem logo meu bem!!!
Vem q eu to morrendo de saudades!

Wednesday, December 01, 2010

Eu amo ele!!!


Verdadeira amizade

Costuma-se dizer que ninguém pode escolher a família em que
nasce. Mas é possível selecionar os amigos, que são como a extensão da
vida. A amizade, um dos sentimentos mais nobres que existem, nasce de forma
espontânea, pura e vai se desenvolvendo até chegar à maturidade.
Caracteriza-se por uma afinidade muito grande com alguém, baseada no amor,
no carinho, na ternura, no respeito, na compreensão, na troca e na ajuda. É
um sentimento muito sincero, que não depende da idade, de dinheiro e de
posição social.

O amigo é um dom precioso. A própria Bíblia diz que "quem
encontrou um amigo encontrou um tesouro". A amizade é um sentimento limpo,
verdadeiro e profundo. Instiga a pessoa ao apoio e ao incentivo, quando as
coisas estão bem. E à correção, com muito jeito e carinho, quando estão
erradas. Amigo é aquele que está sempre presente, que adivinha o pensamento
do outro, sem melindrá-lo; que é sincero e faz da amizade um ponto positivo
na vida.

No relacionamento diário, entra-se em contato com muitas
pessoas. Mas o amigo torna-se alguém diferente, especial e único. E visto
com outros olhos - uma pessoa por quem a gente torce, vibra e sofre. Está
presente nos bons e nos maus momentos; é amado e tratado com muita
sinceridade. Além da afinidade, a amizade sólida baseia-se no convívio, na
compreensão e na manifestação desses sentimentos profundos. Por essa
razão, é um processo. Não nasce pronta. A relação deve ser construída e
trabalhada dia a dia, por ambas as partes, porque exige reciprocidade. É
como cultivar uma planta que, se não for regada com freqüência, morre.
A amizade, quando não cultivada, desfalece, esfria e acaba.

Quem gosta de outra pessoa não deve ter orgulho. Quando se é
amigo, releva-se os defeitos e até o gênio difícil e a impaciência do
outro. A compreensão é uma característica da amizade. Os sentimentos são
livres e descontraídos, expressos sem cobranças. Numa grande amizade, as
pessoas são fiéis. Ao amigo se fazem confidências, que, às vezes, não foram
feitas a ninguém. Há uma entrega do que se é, pois não há traição nem
mesquinharias. O amigo sempre está pronto para tudo e se pode contar com
ele em qualquer momento ou situação de vida.

Mais que um irmão, o amigo é a oportunidade que Deus dá a cada
um para encontrar sua metade. Com ele, a pessoa pode se revelar
verdadeiramente: dizer não, sem medo de ferir; sim, sem medo de bajular; e
as verdades, sem medo de ofender. Isso porque se acredita na amizade, por
ela ser isenta de paixão. Num relacionamento assim, não existe inveja,
orgulho, rancor ou grandes mágoas. A verdadeira amizade é eterna, como o
amor.

Com o amigo, inexiste a censura e o medo de ser por ele
conhecido a fundo. Nesse relacionamento, tudo vem à tona: as fraquezas, os
limites, os defeitos, mas também as grandezas de alma e os aspectos
positivos. Tudo é aceito, partilhado e vivenciado para o crescimento de
ambos.

A amizade é uma ligação espiritual, que deixa a impressão de
que sempre se conheceu o amigo. Isso ocorre porque ele preenche a outra
metade da pessoa. Da mesma forma que se encontra o amor, encontra-se também
o amigo. Trata-se de uma preferência de identificação, de carinho, de
ternura e de vontades.

Atualmente, existem poucas pessoas que têm amigos e se fazem
amigas. Há, também, as que vivem no seu próprio mundo, em que ninguém
entra. Outras, por timidez, insegurança ou desconfiança, temem se arriscar,
privando-se de uma das melhores coisas que Deus criou. Aqueles que são
profundamente infelizes com certeza não conseguiram experimentar a alegria
de uma verdadeira amizade. Não se abriram para o outro e morrerão sufocados
pelo seu egoísmo.

A infelicidade existente no mundo resulta da incapacidade de
as pessoas criarem vínculos de amizade e confiarem nas outras. Elas pensam
só em si mesmas, revelando um egoísmo exacerbado. Não se dão ao trabalho de
tentar construir uma amizade. Não se arriscam. Preferem ficar sozinhas. Há
uma carência de sentimentos positivos relacionados às outras pessoas. Por
que é tão difícil alguém encontrar o lado positivo do outro?

Quando os homens descobrirem o valor da amizade, a vida se
tornará melhor, porque vale a pena sentir a felicidade de contar
incondicionalmente com alguém.