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Friday, December 11, 2009

TEATRO MÁGICO





Fernando Anitelli e trupe já estão na estrada há cerca de cinco anos. Ao longo deste caminho, o título do primeiro álbum, “O Teatro Mágico: Entrada para Raros” acabou se transformando em algo maior do que o próprio sobrenome do músico e compositor. Hoje, Anitelli apresenta a companhia artística “Teatro Mágico” e leva para o palco não só um conceito de arte mas também o debate em favor da música livre e da pirataria saudável.

No ano de 2008, o grupo lançou seu segundo cd intitulado “Teatro Mágico: Segundo Ato”. As canções foram divulgadas previamente no site da Trama Virtual quebrando todos os recordes de downloads até então. Em menos de 48 horas, foram mais de 600 mil downloads. O primeiro cd da companhia artística, “Entrada para Raros”, já vendeu cerca de 120.000 cópias e o “Segundo Ato” já emplaca o número de 35.000 discos vendidos até o momento.

A produção do grupo já foi sondada por várias gravadoras do país e todas as propostas foram recusadas pois não condiziam com as idéias propostas por Fernando. O Teatro Mágico, hoje, segue seu caminho, de maneira independente, auto-produzindo shows; bancando, sem patrocínios, as gravações de suas músicas em estúdio; mantendo os preços populares de seus produtos (dvds, cds, livro, camisetas) comercializados ao final das apresentações no stand “lojinha tm”, através do site do grupo e também nas Livrarias Saraiva e Cultura.

Destaque nos principais veículos de comunicação da Internet e do país, o Teatro Mágico desperta a curiosidade da opinião pública seja por sua veia artística ou por seu bem-sucedido modelo de produção avesso aos esquemas das grandes gravadoras. “Longe da crítica, perto do público”, assim relata o jornal “Folha de São Paulo”, elegendo, através de seus leitores, a cia. musical e circense como o melhor show da atualidade no Brasil. É desta forma, a partir da grande participação do público em sites de relacionamentos como orkut, youtube e outras mídias da rede, que se inicia o processo de “viralizar sem pagá jabá”.

O “Segundo Ato” – As composições escolhidas para o “Segundo Ato” colocam em debate o homem e a sociedade na qual vive. Para Anitelli: “No primeiro espetáculo, a trupe estava imersa num universo fantasioso onde cores e magia nos traziam a sensação de que tudo é possível. Havia um ‘quê’ de encantamento. Nesta nova fase, é como se a trupe chegasse na cidade e se deparasse com as questões urbanas, como o cotidiano dos cidadãos de rua citados na canção “Cidadão de Papelão” ou a problemática da mecanização do trabalho, citada no “O Mérito e o Monstro”. Indo mais além, há um debate sutil e, por vias opostas, mordaz, sobre o amontoado de informações que absorvemos, sem perceber, assistindo aos programas de TV da atualidade, vide música Xaneu N 5, gravada no cd pelo cantor Zeca Baleiro”.

No palco, os artistas circenses complementam o discurso feito pelas canções do “Segundo Ato” com números novos, como a corda indiana (aparelho de circo cuja imagem já nos remete a movimentos mais “ariscos”, que desafiam a força e o equilíbrio do homem no ar). Além disso, algumas poesias inéditas serão declamadas pelo próprio Anitelli e alguns textos do livro “O Teatro Mágico em Palavras” são encenados pelo elenco.

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